NÓS, OS DOENTES

          Hoje, dia 11 de fevereiro, festa de Nossa Senhora de Lourdes, se comemora também o Dia Mundial do Enfermo, porque, em Lourdes, na França, milhares de enfermos de todos os países e continentes ali vão para pedir a cura e a consolação, pela intercessão de Nossa Senhora, que a muitos tem curado e a todos consolado. Muitos milagres de cura ali acontecem. Mas os maiores milagres em Lourdes são as conversões dos milhares de pecadores.  
Jesus, durante a sua vida pública, curou alguns, mas não curou todos os doentes do seu tempo. Porque para alguns Deus quer que se salvem e façam o bem com a saúde; outros, com a sua doença. A doença pode ser uma graça de Deus. O mais importante é a cura da alma.
Em sua mensagem para o XXIII Dia Mundial do Doente, neste ano, o Papa Francisco se dirige a todos os que carregam o peso da doença e aos profissionais e voluntários da saúde.
“O tema deste ano convida-nos a meditar uma frase do livro de Jó: ‘Eu era os olhos do cego e servia de pés para o coxo’ (29, 15). Gostaria de o fazer na perspectiva da ‘sapientia cordis’, da sabedoria do coração”.
“Sabedoria do coração é servir o irmão. No discurso de Jó que contém as palavras ‘eu era os olhos do cego e servia de pés para o coxo’, evidencia-se a dimensão de serviço aos necessitados por parte deste homem justo... Também hoje quantos cristãos dão testemunho – não com as palavras, mas com a sua vida radicada numa fé genuína – de ser ‘os olhos do cego’ e ‘os pés para o coxo’! Pessoas que permanecem junto dos doentes que precisam de assistência contínua, de ajuda para se lavar, vestir e alimentar. Este serviço, especialmente quando se prolonga no tempo, pode tornar-se cansativo e pesado; é relativamente fácil servir alguns dias, mas torna-se difícil cuidar de uma pessoa durante meses ou até anos, inclusive quando ela já não é capaz de agradecer. E, no entanto, que grande caminho de santificação é este! Em tais momentos, pode-se contar de modo particular com a proximidade do Senhor, sendo também de especial apoio à missão da Igreja”.
Sabedoria do coração é estar com o irmão. O tempo gasto junto do doente é um tempo santo. É louvor a Deus, que nos configura à imagem do seu Filho, que ‘não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para resgatar a multidão’ (Mt 20, 28). Foi o próprio Jesus que o disse: ‘Eu estou no meio de vós como aquele que serve’ (Lc 22, 27)”.
“Sabedoria do coração é sair de si ao encontro do irmão. Às vezes, o nosso mundo esquece o valor especial que tem o tempo gasto à cabeceira do doente, porque, obcecados pela rapidez, pelo frenesim do fazer e do produzir, esquece-se a dimensão da gratuidade, do prestar cuidados, do encarregar-se do outro”.
“Mesmo quando a doença, a solidão e a incapacidade levam a melhor sobre a nossa vida de doação, a experiência do sofrimento pode tornar-se lugar privilegiado da transmissão da graça e fonte para adquirir e fortalecer a sapientia cordis”. 

2 comentários:

  1. É como disse Jesus no seu evangelho: vinde benditos do meu Pai para o reino que vos esta preparado desde o início do mundo, porque eu estava doente e você me visitou, cuidou de mim na hora que eu mais precisava. Por isso, peçamos a Jesus que nos ajude a sermos solidários e serviçais com os que sofrem.

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  2. A bênção, D Rifan!
    Algumas pessoas crêem que as doenças são consequências de nossos erros e que devemos aceitá-las como forma de remi-las, como os reencarnacionistas, enquanto outros dizem que Jesus morreu por nós e levou nossas doenças, mais abarcando as físicas; dessa forma, não precisamos mais aprender com elas, esses acreditando ser o Senhor Jesus mais um salvador no plano físico, um erro fatal, conceito em geral arraigado nas seitas protestantes.
    Estranho e anti cristão deles também é que, a quase totalidade dessas seitas que são de cunho esoterista, praticam exorcismos nos membros para os "livrarem" de enfermidades de gerações anteriores, cujos malefícios lhes teriam transmitido e os assedia, segundo "revelações" recebidas nas sessões, vinculando erroneamente uma vida saudável e próspera com o estarem espiritualmente bem com Deus, conceitos da entronizada "teologia" da prosperidade.
    Necessitamos pedir para Deus que nos afaste as enfermidades, mais precisamente as espirituais, o câncer da alma, mas se no-las forem concedidas de que forma melhor Lhe aprouver, sejam oportunidades para louvá-lo: "... o Senhor o deu, e o Senhor o tomou: bendito seja o nome do Senhor. Jó 1:21.
    Uma enfermidade pode ser a chance para a pessoa refletir sobre sua missão nessa vida, quem sabe, zelosa apenas em interesses materiais e, a partir dela, redirecionar-se para a fé, compreender a necessidade de desapegar-se dos bens terrenos e poderia mesmo doravante até se inserir numa pastoral dos enfermos.

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